Sabe
aquele palhaço
do circo nos quintos dos infernos
que ludibriando o real, se enfermiça,
infernizado? Pois é.
Sabe
aquela gata
de telhado submundo
que miachorando apática espera
os pares esfolados de cio? Então.
Sabe
aquela menina translúcida
da cidade, campo verde ou concentração,
que visionária, toca em milagres
sem esperar o pedestal de igreja? É isto.
Sabe
aquele mais um
de chão, passos capengas ou correrias
que impalpável, em negativo,
vai indo, vai indo?
Então? É isto que estou tentando explicar...
(Luisa Migon... Não são palavras de mestres: são minhas...)
Aprendi muito
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